Censura Devassa
A Secretaria Especial dos Direitos da Mulher resolveu recorrer ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR) contra a propaganda da cerveja Devassa, que trazia Paris Hilton como protagonista. O Conar mordeu a isca e censurou a peça publicitária. As donas do decoro politicamente correto consideraram a propaganda “sexista”, solapando um princípio democrático que me fez lembrar do caso da Uniban, em que uma aluna foi hostilizada e ameaçada de estupro por colegas por causa da roupa que vestia.
À primeira vista pode não parecer tão sério, mas é! É uma afronta aos princípios democráticos do Estado de Direito, afinal Paris Hilton não aparece naquela propaganda fazendo muito mais do que fazem as modelos e atrizes no Carnaval ou mesmo as protagonistas de outras propagandas de cerveja.
Como disse Reinaldo Azevedo (veja.com), "chegará o dia em que um conselho qualquer que cuida dos jovens dirá qual é a forma correta de eles aparecerem numa propaganda; depois o conselho dos negros; aí virá o dos idosos; em seguida, o dos anões; também o dos homossexuais… Até o macho branco, heterossexual e católico, essa categoria ainda sem conselho e sem ONG, aparentemente em extinção, sentirá a imperiosa necessidade de se organizar para se defender...".
Sem analisar a questão a fundo, asseguro que cabe mandado de segurança aí... Qual o fundamento? A distinção entre o que é anti-ético e o que é ilegal. Nem tudo o que é legal é ético. E não existe nenhuma ilegalidade na campanha publicitária. Aliás, nem entendo que seja anti-ética; pode ser, no máximo, de mau gosto.
A Secretaria Especial dos Direitos da Mulher age de forma preconceituosa! E o Conar resolveu fazer um agrado em nome da "dignidade feminista" ou sei lá o quê.... Mas contra a lei!
Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente
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