Só Love.
Vagner Love foi flagrado numa festa cercado e protegido por traficantes armados de fuzis na favela da Rocinha. Justificou dizendo que sempre frequenta a Rocinha, realiza trabalhos sociais (gostaria de saber quais) e a favela é sua origem.
OK. Até aí tudo bem. É uma ação meritória. Mas desfilar em companhia de bandidos que pertencem ao crime organizado, e mais, protegido por eles, não me parece apenas o alegado "vínculo com a comunidade".
Não se pode negar que o artilheiro do Flamengo carrega consigo um "exemplo de representação", afinal é um dos milhões de meninos que conseguiu vencer pelo talento, livrando-se das más influências existentes nas favelas do país.
Quando Love desfila ao lado de traficantes armados, o que devem pensar o menino e o jovem da Rocinha? Que aqueles são mundos que podem conviver harmonicamente. E sabemos que isso é mentira.
A declaração do Advogado do Flamengo também não se mostra isenta. Afirma o Dr. Michel Asseff Filho que o "fato de existir armamento na favela é problema da polícia", como se isentasse o cidadão Wagner Love de responsabilidades ou de imperativos éticos.
Lembrar que quem consome droga alimenta o tráfico e o crime é um absurdo? Love afirma que não consome drogas, mas vem convivendo pacificamente com bandidos armados . E o advogado do Flamengo emenda: a polícia que se vire.
Como lembra Reinaldo Azevedo: E se Love começasse a aparecer ao lado de gente com livro na mão, ainda que ele não goste muito da coisa?
Tudo bem, também não estou afirmando que ele goste de fuzis e metralhadoras. Mas fuzis e metralhadras na mão daqueles bandidos já matou muito mais gente do que a assitência social que o jogador afirma realizar na favela.
É isso o que o jogador precisa entender. E o advogado do Flamengo também.
Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente
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