quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Escândalos da casa civil e a conduta do presidente

Escândalos da casa civil e a conduta do presidente


Inúmeras são as denúncias e as evidências de tráfico de influência na Casa Civil. Contra as evidências dos crimes, e faturamentos milionário obtidos ilegalmente, o pessoal que comanda a campanha de Dilma tenta fazer parecer que tudo não passa de uma manobra eleitoral para tentar "derrubar" a candidata nas pesquisas eleitorais. É como se fôssemos obrigados a ficar calados diante de crimes praticados....

O presidente da república, que há meses abandonou o emprego para fazer campanha, entrou no jogo de cabeça. Faz questão de blindar os criminosos e culpar que? A vítima. Assim como fez com os escândalos de quebra ilegal de sigilo fiscal.

Já trabalhei em inúmeros processos criminais, assim como outros colegas, mas nossa ética, nosso profissionalismo, nossa formação moral nos faz compreender que sempre defendemos a pessoa, sim, defendemos a PESSOA dentro dos limites da lei, jamais defendemos o crime em si.

A impressão que tenho, contudo, do pessoal da cúpula do PT, após as inúmeras denúncias de crimes praticados desde o escândalo do mensalão, é a de que, antes os criminosos praticavam seus atos tendo a plena consciência de que estavam cometendo ilegalidades; mas agora já não conseguem mais distinguir entre o certo o errado, entre o moral e o imoral, entre o que é legal e o que é crime, pois justificam a qualquer custo o que, a priori, é injustificável. Tiro essas conlcusões baseado nas palavras do ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União. Segundo Hage, o governo trabalha com calendário curto para ABAFAR O TEMA. Sim, o objetivo é este... abafar o tema!


Acompanhem a reportagem de Tânia Monteiro e João Domingos, no Estadão:

"Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o comando da contraofensiva do governo e da coordenação da campanha da petista Dilma Rousseff para inocentar a ministra Erenice Guerra e jogar no tucano José Serra a culpa pela repercussão das denúncias de envolvimento da auxiliar, de um filho dela e de familiares em tráfico de influência na Casa Civil.

Erenice Guerra, que sempre atuou como braço direito de Dilma, animou-se com o apoio do presidente. Ao saber que ficaria no governo, divulgou nota à imprensa com ataques a Serra, qualificando-o de “aético” e “derrotado”.

“Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um fato novo que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado”, disse ela.

Lula e o comando da campanha de Dilma mostravam muita preocupação com a possibilidade de as denúncias contra Erenice tirarem votos de Dilma. Por isso, decidiram pela rápida reação. Pela manhã, o presidente chamou os ministros mais próximos para uma conversa. Concluíram que o melhor seria anunciar que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) vão investigar se Israel Guerra, filho da ministra, está envolvido num esquema de tráfico de influência dentro da Casa Civil e cobrança de propina de empresários, como revelou a revista Veja.

Entrevistas.
Lula determinou que o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, convocasse entrevista coletiva, para informar a entrada da PF no caso, e que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciasse uma medida positiva em sua área, para se contrapor às denúncias de quebra de sigilo fiscal de contribuintes, fato muito explorado pela campanha de Serra.

A exemplo de Barreto, Mantega convocou entrevista coletiva. Anunciou que o sigilo fiscal de políticos ficará mais protegido do que o dos demais cidadãos.

Em seguida, a defesa do governo ficou por conta do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União. Ele afirmou que a CGU vai auditar contratos mencionados nas reportagens sobre supostas irregularidades na Casa Civil. A respeito dos pedidos feitos formalmente por Erenice para que a PF e a CGU analisem as reportagens, Hage comentou: “É importante que ela manifeste interesse em esclarecer o caso e isso influencia na prioridade da apuração. Mas não há prazo para as respostas. O governo trabalha com calendário curto - 18 dias - para abafar o tema, pois a eleição presidencial será no dia 3 de outubro."


Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente

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