segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O novo Código Florestal e a imprensa

O novo Código Florestal e a imprensa.



Boa parte da imprensa vem atacando o projeto do novo Código Florestal, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PC do B). Afirmam, sem qualquer fundamento, que o novo código promoveria novos desastres, como os que ocorreram no Rio de Janeiro nos últimos tempos em razão das chuvas, e facilitaria o desmatamento.

Estão completamente errados os que opinam desta foram. O projeto não trata as questões ambientais urbanas. Ocupa-se, sim, de aperfeiçar a legislação, visando à preservação ambiental em consonância com a produtividade agrícola. Alíás, o agronegócio brasileiro é o grande responsável pelo superávit da balança comercial. Aquele bolo de dinheiro em reservas de que Lula tanto se orgulhava em sua gestão.

Quem tiver oportunidade de analisar o texto tal como está, verá que a proposta do deputado é bastante sensata, e avança juridicamente em comparação com a legislação em vigor.

Fazendo a defesa da importância do agronegócio, Reinaldo Azevedo tece comentários sobre o projeto em seu blog, e critica parte da imprensa que não vê o novo código com bons olhos.

Segue na íntegra:

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Vocês perceberam que tenho dado grande destaque à questão do Código Florestal. Por quê? Porque os “preconceituosos do bem” resolveram pespegar no texto de Aldo Rebelo a pecha de “desmatador”, o que é mentira, sustentando que ele só interessa aos “abomináveis ruralistas”. Os “abomináveis ruralistas” formam aquela categoria que produz a comida mais barata do mundo, que o Pão de Açúcar e o Carrefour apenas revendem. Ela não nasce na gôndola.

Alguns “ecologicamente corretos” acreditam que basta combater o agronegócio e parar de usar saquinho plástico de supermercado, e tudo dará certo. Sei… Não se deve emporcalhar o mundo com saco plástico, claro, mas atenção!: substituí-lo por papel não chega a ser um bom negócio para a natureza. Produzir papel emite 70% mais poluentes do que produzir plástico e consome O DOBRO de energia. A propósito: se cada cliente de supermercado tiver de lavar a sua sacola de lona com água tratada quando chegar em casa, é bem provável que a chamada perspectiva verde vá para o… saco!

Mantenho o debate aqui, já disse, porque eu também quero ser uma pessoa do bem, como a Miriam Leitão e a reportagem da Folha, que descobriram que a proposta de Aldo predisporia o país a tragédias como as do Rio porque incentivaria ocupações urbanas irregulares. Como isso não está no texto, eu lhes tenho solicitado que provem o que disseram, o que, até agora, não fizeram. E NÃO VÃO FAZER PORQUE NÃO PODEM.

Parece que o objetivo era mesmo apenas pespegar a pecha e assustar os parlamentares: “Se alguém votar a favor da mudança, vai estar estimulando a tragédia”. Acho que já chegamos àquela fase em que muitos acreditam que é preciso mentir um pouquinho para salvar a humanidade.

Como vocês notam, não tenho preguiça: vou, escarafuncho os códigos, as leis, volto aqui, debato, demonstro, exemplifico. Os que acham que estou errado poderiam parar de ficar gritando “Fogo, fogo na floresta!”, como o Bambi, e demonstrar o que dizem. Ou, então, admitir que estavam errados e que seu único interesse no debate era mesmo “punir os ruralistas” (como eles chamam a categoria responsável pela estabilidade econômica brasileiras), obrigando-os a reduzir a área plantada para “refazer” floresta, o que seria, de fato, inédito no mundo — até parece que o Brasil já não é a maior reserva florestal do planeta.

Os babaquinhas acham que estarão punindo o agronegócio. Não! Estarão punido os pobres. No dia em que a área plantada for menor e em que houver, por exemplo, menos alimento, o lucro pode ser mantido ajustando-se os preços, seus Manés! Aliás, o mundo enfrenta um novo ciclo, vamos ver a sua duração, de escassez de alimentos. Parece que viveremos por muito tempo com essa ameaça. Todos tentam plantar mais. No Brasil, Santa Marina Silva da Floresta e seus desinformados amestrados querem plantar menos. Metaforicamente falando, não lhe basta preservar os minhocuçus que existem. Ela e os finaciadores de “um mundo melhor’ querem “reminhocuçar” o mundo, compreendem? Quando lembram à ainda senadora que o resultado do “reflorestamento” poderia ser menos produção, ela então saca a Embrapa da algibeira, como se o órgão fizesse milagre em vez de ciência.

Volto ao ponto: A Folha, que fez até editorial a respeito, e a Miriam Leitão devem a seus leitores e ouvintes a prova do que disseram. Ou, então, têm de dizer: “A gente mentiu um pouquinho, mas foi para salvar vocês de si mesmos, como no Alcorão. Estamos numa jihad”. Aí, tudo bem — quer dizer, tudo mal.



Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente

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