terça-feira, 17 de maio de 2011

Votação do Código Florestal é adiada novamente

Votação do Código Florestal é adiada novamente.


Estou curioso para saber o que será noticiado pela imprensa a partir do terceiro adiamento da votação do Código Florestal.
Isto porque é preciso um mínimo de conhecimento técnico sobre o Regimento Interno da Câmara dos Deputados para saber, de fato, o que realmente ocorreu ontem (11/5) para que o projeto de Aldo Rebelo não fosse votado.

Durante todo o dia tentou-se um cosenso afim de pôr o texto em votação. Reunião no gabinete do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com os líderes dos partidos da base e da oposição celebrou um acordo que consistia no seguinte:

- o governo abria mão da exigência de que os pequenos proprietários (até quatro módulos) também fossem obrigados a recompor a reserva legal;
- no caso das Áreas de Preservação Permanente (APPs) a regulamentação da ocupação se daria por decreto. Nota: o texto refere-se, reitero, a áreas já ocupadas; não é autorização para desmatamento novo;
- a oposição teria direito a apresentar um destaque.

Encaminhou-se, então, o projeto à votação.

TODAS AS LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS ASSINARAM SIMBOLICAMENTE O RELATÓRIO FINAL, INCLUSIVE PAULO TEIXEIRA, o líder do PT (SP).

Apenas o PSOL mantinha a proposta de tirar o texto de votação.

Aí aconteceu o ridículo, o absurdo:

Candido Vaccareza tomou a palavra em plenário e pediu aos partidos da base aliada do governo que MUDASSEM A ORIENTAÇÃO E ACATASSEM A PROPOSTA DO PSOL PARA ADIAMENTO DA VOTAÇÃO.

Paulo Teixeira, líder do PT, obedeceu como um cãozinho e anunciou que os petistas, a partir daquele momento, defendiam a retirada da proposta. E acusou o deputado Aldo Rebelo de ter alterado o texto combinado; alegou desconhecer a nova versão.

ALDO REBELO DEMONSTROU PUBLICAMENTE, ENTÃO, QUE O LÍDER DO PT ESTAVA MENTINDO E EXIBIU A ASSINATURA DOS LÍDERES NO PROJETO.

Marina Silva (a mão natureza que pensa que alimentos nascem em gôndolas de supermercados) estava presente à sessão e mandou pelo twiter OUTRA MENTIRA: "“Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!”

O plenário, no entanto, rejeitou o adiamento;
O texto iria à votação.

Novamente o que se viu foi o absurdo, o grotesco, a verdadeira fraude parlamentar:

PMDB e PT pediram verificação de quórum, e Vaccarezza orientou os partidos da base a entrar em obstrução.
Grande parte dos deputados governistas, então, puseram-se como macaquinhos amestrados: obedeceram à "orientação" de Vaccarezza.

Só 190 deputados confirmaram presença, quando o quórum mínimo necessário seria de 257, metade mais um.

Resultado: outro adiamento.

NUNCA VI TANTA SAFADEZA E SUBSERVIÊNCIA.


Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente

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