quinta-feira, 31 de março de 2011

Juízes decidem por paralisação

Juízes decidem por paralisação.
Quem paga por isso? .....ummmmm pergunta idiota!


Por Catarina Alencastro, no Globo Online. Volto.

A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) decidiu em assembléia realizar uma paralisação no próximo dia 27 de abril. Os magistrados reivindicam atualização do teto constitucional remuneratório do funcionalismo público, ao qual estão subordinados, direitos iguais ao do Ministério Público Federal e maior segurança para os juízes, que têm sido vítimas de atentados de organizações criminosas. Segundo o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy, a assembléia que decidiu pela paralisação foi a maior da história da associação, da qual participaram 1.670 associados. Destes, 74% decidiram por parar o trabalho por um dia e 9% por uma greve imediata.

Os juízes argumentam que o pagamento de seus salários não está cumprindo a Constituição, já que deveria ser atualizado anualmente e foi aumentado apenas uma vez nos últimos seis anos. O aumento reivindicado é de 14,7%. Atualmente, segundo a Ajufe, os magistrados ganham cerca de R$ 20 mil, em torno de R$ 12 mil descontados os impostos.

A paralisação não vai afetar o atendimento de pedidos de urgência, como os que envolvem concessão de medicamentos e leitos hospitalares, pedidos de prisão e de habeas corpus. No entanto, audiências marcadas para este dia serão canceladas, e pedidos de julgamento que não são emergenciais não serão analisados. “Nós fomos os mais prejudicados das carreiras jurídicas. O teto terminou sendo utilizado apenas para nós, para outros virou um piso. Os promotores, por exemplo, podem advogar”, disse o juiz Roberto Veloso, lembrando que um juiz federal é obrigado a trabalhar em regime de exclusividade.

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Voltemos, meus caros, a estudar a tripartição de poderes.
Voltemos a ler a constituição!

Homens investidos nas funções judiciais decidem paralisar suas atividades para pressionar o Governo Federal.
Não discuto o mérito das reivindicações dos Magistrados. Acho inclusive que sejam justas.
Mas quem atua na Justiça Federal sabe bem os prejuízos de uma redesignação de audiência.
Não podemos arcar com o custo da paralisação, tampouco é digno da função Judicial pressionar o Poder Executivo com tal medida, afinal os Poderes são independentes e harmônicos entre si. Ou não?


Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente

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