terça-feira, 5 de abril de 2011

Otan adverte também opositores de Kadafi e se recusa a armar rebeldes
Uma decisão popsitiva.


Por Andrei Netto, no Estadão:
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou ontem que não fornecerá armas aos rebeldes que lutam contra Muamar Kadafi na Líbia. A decisão foi divulgada por seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, no dia que a entidade assumiu o comando das operações militares na Líbia.

O discurso é contrário ao de líderes políticos dos EUA, França e Grã-Bretanha, que vinham defendendo o reforço do armamento dos opositores de Kadafi. Ao lado do emprego de serviços de espionagem no conflito, o tema desperta divergências entre os membros da coalizão e na ONU.

De acordo com Rasmussen, a Otan assume o comando das operações militares com três objetivos: garantir a zona de exclusão aérea, proteger a população civil e assegurar o cumprimento do embargo de armas na Líbia. “A resolução (1.970) do Conselho de Segurança da ONU é muito clara: ela exige a imposição de um embargo sobre as armas”, afirmou, completando: “Nós estamos lá para proteger o povo líbio, e não para armá-lo”.

O dinamarquês também advertiu os insurgentes para que não tratem populações civis pró-Kadafi com violência. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e os ministros das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, e da Grã-Bretanha, William Hague, haviam admitido que a coalizão discutia o fornecimento de material bélico aos insurgentes.

Na quarta, o próprio presidente dos EUA, Barack Obama, não descartou essa possibilidade. Além disso, segundo revelou o jornal The New York Times, assinou uma diretiva presidencial autorizando o emprego de agentes da CIA, o serviço secreto americano, em solo líbio. O MI6 britânico também participa de operações secretas no país.

Hillary chegou a afirmar que a Resolução 1.973, que encarrega a comunidade internacional de usar “todos os meios necessários” para proteger a população civil, autorizaria a entrega do armamento. Em depoimento no Congresso, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, assegurou que Washington não faria a entrega, mas defendeu que outros países o fizessem.


Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente

Nenhum comentário:

Postar um comentário