Não Destruam a Língua Portuguesa.
Na tarde desta terça a senadora Marta Suplicy decidiu corrigir o senador José Sarney enquanto ele discursava.
Sarney enchia a Presidente Dilma de elogios, mas se referiu a ela como “presidente”.
Marta Suplicy interrompeu Sarney:
— Presidente não, presidenta!
Um pouco constrangido, ele respondeu:
— As duas formas estão corretas. Vou usar a forma francesa: “Madame le président“
Puxar o saco de Dilma desta forma é esdrúxulo, desnecessário e até ridículo.
Mas Sarney está certo. As duas formas estão corretas, embora o usual seja o uso do "ente". Não só para presidente..., comandante, estudante, adolescente, etc.
Por José Bones (filósofo e professor da UFRJ)
(…)
Presidenta? Mas, afinal, que palavra é essa? Bem, vejamos:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante. Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Imaginem um período todo construído na forma feminina: “A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. “
Dr. Luiz Arnaldo de Oliveira Lucato
Vice-Presidente
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